domingo, 2 de dezembro de 2012

WAGNER CRIVELLA FAZ CRÍTICAS AO TERMINAL PESQUEIRO DE ILHÉUS E SAEM NA BRONCA





Mais de uma fonte testemunhou o descontentamento do Governador da Bahia ao se referi à reforma do antigo Porto, hoje terminal pesqueiro. Wagner além de demonstrar insatisfação, defendeu mudanças no setor de recepção e beneficiamento de produtos do Terminal. As críticas foram feitas internamente e quando percebeu a presença da imprensa, deu uma bronca no cerimonial e chamou a presidência da Bahia Pesca no canto reservado com o Ministro Crivella e um engenheiro de da Obra de reforma.

Ainda no Terminal

Logo após, Wagner externou as críticas em público. ”Gosto das coisas bem feitas. Quando está malfeita, eu falo”. O ministro Marcelo Crivella ponderou afirmando que entendia a necessidade de adequações defendidas pelo governador, mas tentou apagar o incêndio falando do custo baixo do terminal e a relevância da obra para os pescadores, reféns do mercado.

No palanque, Isaac Albagli, numa tentativa de se refazer da bronca, falou da economia feita para execução da obra e citou interesse privado para operar em Ilhéus, a exemplo da Atlântica Tuna. O difícil vai ser estes barcos aportarem em Ilhéus.


Crivella  no aeroporto

Ao chegar ao aeroporto uma fonte não pode deixar de acompanhar a irritação visível de Crivella querendo saber dos assessores qual foi o técnico do Ministério que fez a vistoria.

Sua assessoria citou um nome... E a resposta de Crivella foi uma só – “Ele não viu que estava errado, vai ter que dar explicações”. Não posso acreditar que ali tenha 11.000.000,00 aplicados com uma baixa qualidade de equipamentos. Finalizou Crivella. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

“Desatando o Nó” Timóteo e seu modus operandi: do 'terror biológico' à 'visão de Eliza Samúdio'






 Mais uma vez entra em cena Luiz Henrique Franco Timóteo. Um baiano de Itabuna que saiu da velha vida de viciado e traficante para ganhar as paginas da veja como réu confesso de um crime biológico. 

Também com uma carta, característica peculiar de Timóteo que não é nova. Em 2006 ele, também munido de uma carta, fez 'revelações' à revista Veja sobre um suposto crime que ele próprio cometera (Réu Confesso). Ele contou à publicação o que já teria contado a diversos cacauicultores, que teria sido ele a pessoa que amarrara, quase duas décadas antes, galhos contaminados com o fungo da vassoura-de-bruxa em cacaueiros do sul da Bahia.

Na época a história de Timóteo não passava de um relato esdrúxulo, mas a partir do momento que Policarpo Junior (Veja) entrou em cena a noticia passou a ter outra conotação. Muitos questionamentos foram feitos na época. Porque Timóteo chamaria pra si a responsabilidade de assumir um crime e levando com ele os nomes de cinco sindicalistas, funcionários da Ceplac que enfrentavam o sistema da época e incomodava os poderes em todas as instâncias? O que ele estaria lucrando e quem estaria por trás de suas confissões suicidas?

Mesmo sem ter nenhum recurso financeiro, Timóteo se hospedavam na casa do Indiano Assharam, pesquisador da Ceplac que viajava muito para Rondônia, onde conheceu Timóteo, adversário politico dos sindicalistas e porta voz do Carlismo local e tinha como advogado o escritório de Sharif em Salvador! Depois de causar grandes prejuízos, principalmente de ordem moral e psicológica, ao grupo e seus familiares, Timóteo desapareceu, dificultando inclusive o processo que o grupo moveu contra a editora Veja, pois os juízes não conseguiam localizar o traficante Timóteo para ouvi-lo, até que na semana passada ele virou noticias de seu novo endereço: Timóteo está preso por tráfico de drogas. Luiz Henrique Franco Timóteo tem uma capacidade ímpar de chamar a atenção da mídia. De dentro da cadeia, conseguiu mobilizar o grupo Folha e outros gigantes da comunicação, com uma simples carta. Aliás, nem tão simples, mas de uma fantasiosidade incrível. Tão incrível que até um advogado que poderia tirar proveito do documento, ainda duvida de sua veracidade. ( Blog o Trombone).


 Timóteo é padrasto do ex-goleiro Bruno, acusado de matar a namorada-problema Eliza Samúdio. Assim como o enteado, Timóteo está preso. Da cadeia, mandou dizer, na tal carta, que a mulher está viva, no exterior, fanfando com um novo nome - Olívia. Outra curiosidade é que, nos dois casos, Timóteo chama a atenção de todos ao confessar um crime. Dessa vez ele teria ajudado a ex de seu enteado a conseguir um documento falso para sair do país. No mínimo, cúmplice ou negligente.


Mas há uma diferença entre os dois episódios: em 2006, ele estava a serviço de um projeto que visava eliminar o ex-prefeito Geraldo Simões do cenário de liderança política de Itabuna e região. 

O modus operandi é o mesmo - uma carta de confissão. Outra diferença básica: o caso do ex-goleiro tem um promotor que não aceita esse tipo de jogo, e já descartou a possibilidade de ser verdadeira a informação do presidiário Timóteo.

Já no caso da vassoura-de-bruxa, havia uma legião de inimigos ávidos pela derrocada de Simões e do PT em Itabuna. E uma 'Veja' pelo caminho, ao ponto de virar um documentário denominado de “ O Nó” que começa a ser desatado pela falta de confiança na principal fonte, um drogado e traficante que é capaz de vender a própria alma para conseguir alguns trocados.

A Veja 

O tempo passou e a verdadeira face da Veja ficou escancarada com a relação de crimes: Veja e Cachoeira, as provas de uma parceria.

De Acordo com as gravações feitas pela Polícia Federal que mostram a relação profunda do diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Junior, com o quadrilha do bicheiro Carlos Cachoeira.

A relação entre eles aparece em uma série de interceptações telefônicas realizadas durante as operações Vegas e Monte Carlo. O objetivo básico da ligação entre os dois, conforme a reportagem de Leandro Fortes era manter o fluxo de informações para a revista contra alvos específicos. Em troca, Policarpo informava o grupo de Cachoeira sobre o que seria publicado. (Carta Capital).

 Um velho hábito da Veja sob o comando de Policarpo Junior é o de matérias pagas, a exemplo do caso no Sul da Bahia onde a Veja deu uma conotação de crime biológico, mesmo ouvindo o depoimento dos acusados que afirmavam não ser verídica a história do réu confesso. Nas ruas de Itabuna corria de mão em mão a boneca da matéria da Veja, coletando dinheiro entre os fazendeiros e políticos, principalmente do grupo ligado a ACM, para arcar com as despesas de publicação das duas páginas da revista.

Ed Ferreira

domingo, 11 de novembro de 2012

Peixe de 300 kg é capturado em torneio de pesca em Salvador



Um peixe de quase 300 quilos foi capturado neste sábado (10) durante a primeira etapa do Torneio de Pesca Oceânica Yacht Clube da Bahia. O animal marlin azul de quase três metros de comprimento foi pescado por Leonardo Campos, 25 anos, a cerca de 36 quilômetros da costa.
“Trabalhamos o peixe por quase duas horas. Deu um trabalho retado, mas veio”, comemorou o pescador que teve a companhia do pai e de um amigo na embarcação.
O marlin azul é o maior peixe que pode ser capturado na pesca esportiva. Mas, no caso dos torneios baianos, ele só pode ser embarcado se tiver um peso mínimo de 200 quilos.
“Nós aumentamos o limite de peso para embarque justamente para proteger as espécies.
Como fazemos sempre, a carne do peixe será doada a uma instituição”, garantiu o diretor de pesca do Yacht Clube, Alexandre da Cunha Guedes Neto. O torneio possui 10 equipes participantes.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mero e tambaqui não podem ser capturados em todo o país.



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Medida visa a preservação das espécies Tambaqui: fase de reprodução determinou o defeso – Foto: Arquivo MMA

A pesca de pelo menos duas espécies de peixes está proibida no país. Instrução do governo federal declarou como ilegal a captura e a venda do mero pelos próximos três anos. Encontrado em toda a costa brasileira, o exemplar faz parte da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. Outra norma veda, ainda, a pesca, o armazenamento e o comércio do tambaqui na bacia hidrográfica amazônica entre outubro deste ano e março de 2013.

As duas medidas têm o objetivo de garantir a preservação e a reprodução das espécies. No caso do mero, a captura era ilegal desde 2002, mas perdeu a validade em setembro deste ano. No último dia 17, porém, instrução normativa dos ministérios do Meio Ambiente e da Pesca estendeu a proibição até outubro de 2015. A medida se baseia no declínio da população do peixe e nos sérios riscos de extinção.

Já o defeso do tambaqui ocorre desde 2003 e dura seis meses por ano, em decorrência das migrações reprodutivas do peixe. Na cheia, ele se alimenta de frutos e sementes. Quando chega a seca, os exemplares jovens ficam nos lagos de várzea e os adultos vão para as águas barrentas onde desovam. Nesse período, as espécies adultas não se alimentam e vivem da gordura acumulada antes. Por isso, a pesca fica temporariamente proibida.

PESCA ACIDENTAL

Caso sejam capturados de maneira acidental, durante a pesca de outras espécies, tanto o tambaqui quanto o mero terão de ser devolvidos ao meio ambiente. A determinação vale mesmo para os exemplares que forem capturados mortos. Em qualquer situação, devem ser devolvidos na hora do recolhimento do aparelho de pesca, além de serem registrados nos mapas de bordo das embarcações. Os tambaquis só poderão ser comercializados nos restaurantes, supermercados e demais estabelecimentos que tiverem o peixe capturado antes do período do defeso. Para isso, no entanto, os proprietários devem ter declarado o estoque ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), responsável pela emissão das autorizações específicas.

INFRAÇÕES


Quem desrespeitar a proibição está sujeito está sujeito a apreensão da espécie e multa que varia entre R$ 700 e R$ 100 mil, acrescida de R$ 20 por quilo do pescado e R$ 40, no caso de comercialização ilegal. O infrator também pode receber pena de um a três anos de detenção e multa. Os pecadores ilegais de mero terão, ainda, os cadastros e licenças de atividade pesqueira cancelados.

Pela instrução normativa de proibição da pesca do mero, o MMA e o Ministério da Pesca e Aquicultura se comprometem a desenvolver medidas de ordenamento com o objetivo de promover a recuperação da espécie. As ações serão coordenadas por um grupo de trabalho que será instituído, com base nos estudos técnicos e nas informações bioecológicas disponíveis.

Confira a lista das espécies que têm a pesca controlada e os respectivos períodos de defeso: http://www.mpa.gov.br/index.php/pescampa/periodos-de-defeso/defeso-marinho

SAIBA MAIS


Pesca do Mero por mergulhadores de Ilhéus/Foto capturada no facebook
- O mero (Epinephelus itajara) é um peixe criticamente ameaçado, inscrito na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da International Union for Conservation of Nature. A maturação do indivíduo ocorre, em geral, aos seis anos de idade. Há indícios de que o mero vive por volta de 50 anos, atingindo o peso médio de 300kg. Atualmente, no entanto, é muito raro encontrar um exemplar com mais de 100kg. A espécie ainda está sob ameaça e não se recuperou do declínio populacional. Os principais motivos são a pesca ilegal, a captura em agregações reprodutivas e a destruição de habitats.

- O tambaqui (Colossoma macropomum) é um peixe de água doce com comprimento médio de 70cm. A espécie se distribui na Bacia do Rio Amazonas e do Rio Orinoco, na Colômbia e na Venezuela. Também é amplamente usado na piscicultura. A espécie é, normalmente, solitária. Os adultos habitam a floresta inundada nos primeiros cinco meses da cheia onde consomem os frutos. Os juvenis vivem em rios de água preta de planícies de inundação até a maturidade sexual. Matéria de Lucas Tolentino, do MMA, com informações do Ibama.
 



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Peixes de Agua Salgada


AGULHÃO BANDEIRA (Istiophorus albicans)
Características : peixe de escamas muito pequenas também conhecido como agulhão vela. Possui grande nadadeira dorsal em forma de vela de barco e o bico em forma de espada. A coloração do dorso é azul escuro, com os flancos e ventre prateados. Apresenta faixas verticais ou séries verticais de pintas claras no dorso e nos flancos. As nadadeiras são escuras. Alcança mais de 3 m de comprimento total e mais de 60 kg.
Habitat : pelágica, oceânica, podendo ser encontrada em águas costeiras, nos locais mais profundos.
agulhao bandeira
Ocorrência : regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá a Santa Catarina).
Hábitos : solitários, mas formam cardumes durante a época reprodutiva. Para evitar predadores, costuma levantar a nadadeira dorsal.
Alimentação : peixes oceânicos, como dourados, atuns, peixe voador, e lulas, polvos e crustáceos.
Ameaças : pesca predatória e poluição.



ALBACORA (Thunnus alalunga)

albacora
Características : pode alcançar 30 kg de peso e 1,10 m de comprimento. Carne é muito apreciada. Corpo volumoso. Coloração da parte superior é azul-aço escura e parte inferior branca. É muito apreciada no mercado de pescados em todo o mundo, sendo comercializada fresca, defumada, congelada ou enlatada.
Habitat : espécie oceânica de alto-mar, da superficie até a profundidade de 50 m.
Ocorrência : Oceano Atântico em toda a costa brasileira.
Hábitos : espécies migratórias e periódicas (desaparecem da superfície em certas épocas do ano) encontradas solitárias ou em pequenos grupos que são compostos muitas vezes por outras espécies de atuns e/ou bonitos. Costumeiramente os indivíduos mais jovens formam grandes cardumes e podem estar associados a objetos flutuantes.
Alimentação : de pequenos peixes, camarões e lulas.
Ameaças : poluição e pesca predatória.



ALBACORA BANDOLIM (Thunnus obesus)

Características : pode atingir 2,35 m de comprimento e pesar até 600 Kg. A carne da albacora-bandolim atinge altos preços no mercado mundial de pescados, principalmente no Japão, onde é muito apreciada para o preparo de sashimi. É comercializada fresca, congelada ou enlatada.
Habitat : espécie oceânica de superfície até profundidade de 250 m.
albacora bandolim
Ocorrência : espécie cosmopolita. No Brasil ocorre em toda a costa.
Hábitos : juvenis e adultos de pequeno tamanho agrupam-se na superfície formando cardumes monoespecíficos ou associados a outras espécies de atuns, podendo estar associados a objetos flutuantes.
Alimentação : grande variedade de peixes, lulas e crustáceos durante o dia e a noite.
Ameaças : poluição e pesca predatória.



ALBACORA DE LAGE (Thunnus albacares)

albacora de lage
Características : semelhante à albacora, porém bem maior. Pode atingir 1,90 m de comprimento. Facilmente identificável pelas aletas amarelas desmesuradamente grandes.
Habitat : espécie oceânica de superfície até profundidade de 250 m.
Ocorrência : no Brasil desde o norte até o extremo sul.
Hábitos : encontradas solitárias ou em cardumes formados por indivíduos com tamanhos semelhantes. Esses cardumes podem ser tanto monoespecíficos (formados apenas pela albacora-lage) como multiespecíficos (com algumas espécies de atum
misturadas). Indivíduos de grande porte são vistos freqüentemente associados a grupos de golfinhos e também a objetos flutuantes. Esta espécie é altamente migratória, pois realiza grandes deslocamentos nos oceanos ao longo do ano.
Alimentação : peixes, crustáceos e lulas.
Reprodução : desovam principalmente no verão em vários e sucessivos grupos.
Ameaças : poluição e pesca predatória.



ATUM (Thunnus tynnus)

atum
Características : peixe de porte avantajado, atingindo 1 m de comprimento nos primeiros 3 anos. P ode alcançar mais de 500 kg de peso. São considerados os peixes mais hidrodinâmicos entre as formas existentes. O corpo é fusiforme e o pedúnculo caudal bastante estreito. São importantes na pesca comercial para a indústria pesqueira.
Habitat : mar aberto
Ocorrência : em todo o litoral brasileiro.
Hábitos : forma grandes cardumes, normalmente acompanhados por golfinhos e baleias.
Alimentação : pequenos peixes e lulas. É predador muito ativo.
Ameaças : pesca predatória e poluição.



BADEJO (Mycteroperca bonaci)

Características : peixe de escamas com coloração escura (marrom ou cinza), com manchas cujo padrão e coloração variam. Também conhecido como badejo quadrado. De grande valor comercial, devido ao apreciado sabor de sua carne. Atinge grandes dimensões, podem ultrapassar 1 m de comprimento e 90 kg de peso.
Habitat : costões rochosos, recifes de corais, lajes de pedra ou qualquer outra estrutura que contenha tocas
badejo
utilizadas como abrigo e canais em regiões estuarianas.
Ocorrência : toda a costa leste brasileira.
Hábitos : tem hábito de se entocar. Nunca são encontrados em águas com baixa salinidade. Vivem sozinhos ou em pequenos grupos de 5 a 10 indivíduos.
Alimentação : moluscos, crustáceos e pequenos peixes.
Ameaças : destruição do habitat, poluição e pesca predatória.



BARRACUDA (Sphyraena barracuda)

barracuda
Características : peixe de escamas com corpo alongado e roliço, um pouco comprimido, boca grande e pontuda, dentes caninos e afiados. Nadadeiras dorsais bem separadas, a anterior com origem após a origem da pélvica. A peitoral ultrapassa origem da pélvica. A nadadeira caudal é furcada. Coloração prateada, sendo que os adultos possuem manchas pretas irregulares ao longo do corpo, especialmente perto da nadadeira caudal. Pode chegar a 3 m de comprimento total e 50 kg. A sua carne é apreciada, mas os grandes adultos
podem ser extremamente tóxicos em função de comerem peixes que se alimentaram, direta ou indiretamente, de dinoflagelados tóxicos.
Habitat : mar aberto, próximas a ilhas e parcéis. Eventualmente, são vistas em regiões mais próximas da Costa, como mangues e estuários.
Ocorrência : regiões Nordeste, Sudeste e Sul.
Hábitos : as barracudas jovens formam cardumes, as grandes são quase sempre solitárias.
Alimentação : carnívoro.
Reprodução : reprodução só ocorre no verão, em mar aberto ou nas margens externas de recifes e ilhas. Os ovos pelágicos eclodem em até 48 horas. As larvas pelágicas comem zooplâncton e os jovens com cerca de 2 cm acompanham detritos de superfície. Aos 4 cm já formam pequenos cardumes, entre bancos de algas, corais e rochas, na coluna de água e superfície.
Ameaças : poluição e destruição do habitat.



BICUDA (Sphyraena guachancho)

bicuda
Características : peixe de escamas com corpo alongado e cilíndrico, um pouco comprimido, boca grande, pontuda e bastante pronunciada com dentes caninos. O último raio das nadadeiras dorsal e anal é alongado. O dorso é cinza, sendo os flancos e o ventre prateados. As nadadeiras pélvicas e anal possuem a margem preta e a caudal uma faixa preta nos raios medianos. Pode alcançar 1 m de comprimento total e 5 kg.
Habitat : ambientes costeiros, ilhas oceânicas, baias e canais. Nadam sempre à meia água, bem próximo à superfície.
Ocorrência : regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul).
Hábitos : forma cardumes pequenos ou grandes, sendo que os indivíduos maiores são solitários.
Alimentação : pequenos peixes e crustáceos.
Ameaças : poluição e destruição do habitat.



BIJUPIRÁ (Rachycentron canadus)

Características : peixe de escamas muito pequenas com corpo alongado e subcilíndrico, cabeça grande e achatada. As nadadeiras dorsal e anal são do mesmo tamanho, dando a impressão de uma ser reflexo da outra. A nadadeira caudal tem o lobo superior muito maior que o inferior. A coloração é marrom escuro, sendo o ventre amarelado apresenta duas faixas
bijupira
prateadas ao longo do corpo. As nadadeiras são escuras. Pode alcançar 2 m de comprimento total e 50 kg.
Habitat : áreas costeiras e no alto-mar em superfície e meia-água. Pode ser encontrada ocasionalmente em águas rasas com fundo rochoso ou de recife, assim como em estuários e baías.
Ocorrência : regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá ao Rio Grande do Sul). Mais comum no Nordeste.
Hábitos : normalmente é encontrada sozinha ou aos pares, mas pode formar cardumes pequenos.
Alimentação : peixes, crustáceos e lulas.
Ameaças : poluição e destruição do habitat.



BONITO (Sarda sarda)

Características : peixe de escamas de grande importância comercial. Parente próximo dos atuns, ele se diferencia pelo seu tamanho inferior e pelo belo padrão tigrado, com manchas pelo corpo. Corpo alongado e fusiforme. Possui duas nadadeiras dorsais, uma muito próxima da outra. Coloração azul escuro, com 5-11 linhas oblíquas escuras no dorso e parte dos flancos. Os flancos e o ventre são prateados. Alcança 1 m de comprimento total e cerca de 8 kg . Na mesa nem todos o apreciam. Sua carne é bastante vermelha e gordurosa, rica em sangue, mas há que garanta que, ao forno, são saborosos.
bonito
Habitat : espécie oceânica de superfície, de mar aberto ou próximos de ilhas oceânicas.
Ocorrência : toda a costa brasileira.
Hábitos : peixes pelágicos. Migradores. Nadam em grandes cardumes, que são facilmente visualizados pela algazarra e saltos que fazem na água. Isso quando não são denunciados por bandos de andorinhas marinhas que sobrevoam os cardumes em busca das mesmas presas que eles estão caçando: sardinhas e manjubas.
Alimentação : peixes, lulas e crustáceos.
Reprodução : durante o verão, época de desova, pequenos cardumes se aproximam da costa.
Ameaças : poluição e pesca predatória. 



BONITO BARRIGA LISTRADA (Katsuwonus pelamis)


Características : peixe de escamas que atinge no máximo 1 m de comprimento e 15 Kg de peso, sendo espécie de grande importância para a economia pesqueira mundial.
Habitat : pelágico costeiro e oceânico.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : migratório, forma cardumes em águas superficiais associados a pássaros, objetos flutuantes (fixos ou à deriva), tubarões, baleias ou outras espécies de tunídeos. Quando estão próximos à superfície, costumam apresentar grande agitação, o que facilita a visualização dos cardumes.
Alimentação : no início da manhã e no final da tarde, quando consomem basicamente peixes, crustáceos e lulas.
Predadores naturais : agulhões
Ameaças : poluição e pesca predatória. 



BONITO PINTADO (Euthynnus alletteratus)

bonito pintado
Características : peixe de escamas que distingue-se facilmente pelas pintas (de 2 a 12) agrupadas nas laterais entre as nadadeiras peitoral e lateral. Atinge 90 cm de comprimento e 15 kg de peso. Coloração azulada no dorso, com a metade posterior em linhas irregulares escuras. Flancos prateados e abaixo das nadadeiras, peitorais de cinco a sete máculas negras e redondas. De carne boa, mas oleosa.
Habitat : vive próximo ao litoral.
Ocorrência : toda a costa brasileira.
Hábitos : é menos migratória que os demais tunídeos.
Alimentação : peixes, crustáceos e lulas.
Ameaças : poluição e pesca predatória. 



CARANHA (Lutjanus griseus)

caranha
Características : peixe de escamas com corpo forte e alongado, cabeça e boca grandes. Uma das características é a presença de dentes caninos. A nadadeira dorsal é espinhosa e a caudal pouco furcada. A coloração é muito variável, pode ser pardo esverdeado, com manchas escuras indistintas, róseo escuro ou pardo avermelhado, dependendo da profundidade em que o peixe está; as nadadeiras dorsal e caudal são cinza escuro, as peitorais, ventrais e anal são claras ou róseas. Alcança cerca de 65 cm de comprimento total e 8 kg de peso. A carne não é muito apreciada para o consumo.
Habitat : fundos rochosos e de recifes, podendo também ser encontradas em regiões estuarianas, com teores reduzidos de sal.
Ocorrência : toda a costa brasileira.
Hábitos : têm o hábito de se alimentar à noite, quando ficam mais ativas. Durante o dia costuma fica entocado. Os peixes jovens formam grandes cardumes, que, às vezes, se misturam a cardumes de outros peixes. Muito voraz.
Alimentação : na fase jovem se alimentam de peixes, moluscos, crustáceos e outros seres marinhos, tornando-se mais piscívoras na fase adulta.
Ameaças : poluição e destruição do habitat. Voltar Indíce



CAVALA VERDADEIRA (Scomberomorus cavalla)

cavala
Características : peixe de escamas tão pequenas que dão a impressão de não existirem. Corpo fusiforme, ligeiramente comprimido. Nadadeira caudal muito furcada, cabeça afilada e focinho cônico e pontudo . Boca grande e ampla, com cerca de 32 dentes triangulares e afiados em cada maxilar. Quilha mediana presente no pendúnculo caudal. Coloração do dorso azul metálica, sendo os flancos e ventre prateados. A linha
lateral é marcada. Pode atingir mais de 1,5 m de comprimento total e 30 kg.
Habitat : superfície e meia água. Vive em alto mar, mas durante o verão, frequenta os costões rochosos e regiões de mar aberto, não muito distantes da costa.
Ocorrência : regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá a Santa Catarina). Ocorre no litoral do Nordeste o ano todo, mas no Sudeste e Sul é mais frequente no verão.
Hábitos : migradora. Forma grandes cardumes com indivíduos da mesma idade que seguem os cardumes de peixes menores, como sardinhas e manjubas, e lulas, que constituem seu principal alimento. Preferem águas limpas e são diuturnos.
Alimentação : ativos e vorazes, buscam alimento da superfície ao fundo, comendo desde peixes voadores, sardinhas, agulhas, etc., a lulas, crustáceos bênticos, etc.
Reprodução : na procriação formam gigantescos cardumes, buscando águas rasas para reproduzir, no verão.
Ameaças : poluição, destruição do habitat e pesca predatória. Voltar Indíce



CAVALINHA (Scomber japonicus)

Características : corpo alongado e fusiforme com escamas excessivamente pequenas, cabeça cónica, ligeiramente comprimida nos lados e focinho ponteagudo, com boca grande - as barbatanas são pouco desenvolvidas - a 1ª dorsal em forma de foice com 10 a 13 espinhos delgados e a dorsal posterior (oposta à anal) é baixae curta. A cor varia desde o dorso com tonalidades azuladas ou esverdeadas e o ventre prateado.
cavalinha
Habitat : desde a superfície até aos 120 metros de profundidade. Pelágico costeiro, porém costumam nadar em águas litorâneas durante o dia e, à noite direcionam-se para mar aberto.
Ocorrência : toda a costa brasileira.
Hábitos : vivem geralmente em grandes cardumes que patrulham as águas em busca de alimento que é arduamente disputado quando encontrado. Tendência ao canibalismo nas fases iniciais do ciclo de vida.
Alimentação : extremamente vorazes, alimentando-se de peixes, moluscos e crustáceos.
Ameaças : pesca predatória e poluição. 



CHERNE (Epinephelus niveatus)

Características : peixe de escamas com corpo grande, alto e comprimido. Coloração marrom avermelhada, algumas vezes mais clara no ventre. A margem da parte espinhosa da nadadeira dorsal é escura. Indivíduos jovens apresentam manchas brancas distribuídas regularmente em fileiras verticais e uma grande mancha escura no pedúnculo caudal, que se origina no dorso e atravessa a linha lateral. Alcança 2 m de comprimento total e 380 kg. Tem grande valor comercial. Considerado peixe de carne nobre.
Habitat : os peixes jovens vivem em águas rasas, em costões, estuários e recifes costeiros. à medida que
cherne
crescem, dirigem-se para águas mais profundas, com fundo rochoso, onde ficam parados a maior parte do tempo.
Ocorrência : regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, onde é mais raro.
Alimentação : voraz, que se alimenta principalmente de peixes, não desprezando os crustáceos.
Ameaças : poluição, destruição do habitat e pesca predatória. 



CORVINA (Micropogonias furnieri)

Características : peixe de escamas com corpo alto, ligeiramente comprimido, com o ventre achatado. Boca voltada para baixo. Pré-opérculo fortemente serrilhado. Coloração prata clara com reflexos arroxeados, podendo apresentar listras longitudinais pretas ao longo do corpo, especialmente nos indivíduos jovens. Possui alguns pares de pequenos barbilhões na mandíbula. Alcança cerca de 80 cm de comprimento total e 6 kg. F êmeas atingem comprimentos maiores que os machos.
corvina
Tem grande importância na economia pesqueira das várias regiões brasileiras. Podem viver por 40 anos.
Habitat : espécie costeira. Vive nos fundos arenosos ou barrentos, de preferência em profundidades até 100m. Os jovens e alguns adultos frequentam os manguezais e estuários. Também pode entrar na água doce.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : formam cardumes não muito numerosos, principalmente nas regiões Sudeste e Sul.
Alimentação : crustáceos e peixes.
Reprodução -juvenis iniciam a maturação sexual entre 30 e 40 cm.
Ameaças : pesca predatória, poluição e destruição do habitat. 



DOURADO (Coryphaena hippurus)

Características : peixe bastante peculiar, tanto pela forma do corpo quanto pelo colorido. Corpo alongado e comprimido, mais alto na região da cabeça, afinando em direção à nadadeira caudal, que é furcada. Os machos têm a cabeça muito maior que as fêmeas. A principal característica é a longa nadadeira dorsal, que se estende da cabeça à cauda, com cerca de 60 raios. Coloração do dorso azul ou verde azulado iridescente, os flancos são dourados e salpicados com pintas claras
dourado mar
e escuras e o ventre é prateado. A nadadeira dorsal é azul forte, a anal é dourada ou prateada e as outras nadadeiras são douradas ou prateadas, com a margem azul. Alcança 2 m de comprimento total e 40 kg.
Habitat : mar aberto na superfície.
Ocorrência : do Amapá a Santa Catarina.
Hábitos : pelágico voraz e migrador. Vive em cardumes no alto mar, sendo que os jovens costumam ficar próximos à costa, onde a espécie se reproduz.
Alimentação : lulas e pequenos peixes.
Reprodução : reproduzem-se por quase todo o ano.
Predadores naturais : marlins, atuns, tubarões e dourados maiores.
Ameaças : poluição. 



ENCHADA (Chaetodipterus faber)

enchada
Características : corpo bastante alto, achatado lembrando a forma de uma enchada, de coloração cinza prata, com faixas verticais grossas escuras. Boca bem pequena. Normalmente apresentam de 30 a 45 cm de comprimento com peso de 1 a 2 Kg, podendo atingir até 90 cm e pesar até 10 kg. As nadadeiras dorsais e ventrais possuem raios prolongados. Possuem 2 nadadeiras dorsais e 2 anais com os lóbulos anteriores elevados. Há também 9 espinhos dorsais, 21 a 24 raios dorsais e 17 a 18 raios anais. Os jovens, que são encontrados geralmente em águas litorais rasas, possuem coloração bem escura e sem faixas.
Habitat : em torno dos recifes, geralmente fora da costa a meia profundidade ou próximo ao fundo rochoso.
Ocorrência : todo o litoral do Brasil
Hábitos : formam cardumes de até 500 indivíduos em constante movimentação. Os espécimes juvenis costumam ficar na superfície em posição inclinada ou horizontal, parecendo folhas ou objetos boiando.
Alimentação : invertebrados, zooplâncton e animais bentônicos
Ameaças : poluição e destruição do habitat.



ENCHOVA (Pomatomus saltatrix)

Características : peixe de escamas também conhecida como anchova, com corpo alongado, fusiforme e comprimido, podendo atingir cerca de 1,5 m de comprimento e passar a marca dos 20 kg . Cabeça é grande e a boca larga com a mandíbula saliente. Os dentes são afiados. A coloração é azulada no dorso e prateada nos flancos e ventre. Carne excelente. Possui grande importância para a pesca industrial.
enchova
Habitat : ao redor das ilhas mais afastadas da costa, frequentam as águas agitadas das regiões mais profundas dos costões rochosos que se projetam para dentro do mar, onde ficam a espera das presas.
Ocorrência : toda a costa brasileira, sendo mais comum do Rio de Janeiro a Santa Catarina.
Hábitos : se aproxima mais da costa nos meses de inverno. Alguns exemplares se isolam dos cardumes e passam a ter hábitos mais sedentários, recebendo, por isso, o apelido de marisqueiras. Os indivíduos jovens formam grandes cardumes, mas, a medida que crescem, tendem a se isolar.
Alimentação : extremamente voraz, ele pode chegar a ingerir o dobro do seu peso em um só dia. Suas presas prediletas são pequenos peixes. Se alimenta bem próximo das pedras, no local da arrebentação das ondas. Grandes predadoras e destruidoras, são capazes de comer mais de duas vezes o seu peso por dia e mesmo quando saciadas continuam a atacar as presas que lhe chegam perto, como sardinhas e paratis, mordendo-as sem parar.
Reprodução : na época reprodutiva, os cardumes migram para o alto mar, para fora da plataforma continental, onde desovam.
Ameaças : pesca predatória, destruição do habitat e poluição.



ESPADARTE (Xiphias gladius)

Características : apenas os indivíduos jovens apresentam escamas, bastante diferentes, que desaparecem gradualmente com a idade. O corpo é alongado e fusiforme. A principal característica, e que lhe dá nome, é o prolongamento do maxilar superior, como se fosse uma longa espada. Outra característica é uma quilha no pedúnculo da nadadeira caudal. A coloração é cinza azulado ou castanho na metade superior do corpo e marrom claro ou esbranquiçado na parte inferior. Pode chegar a 4,45 m e pesar mais de 500 Kg. A carne é considerada excelente.
espadarte
Habitat : vive em alto mar e em áreas costeiras, da superfície até 650 m de profundidade.
Ocorrência : é raro no Brasil, mas pode ser encontrado de Norte a Sul, especialmente na região Norte.
Hábitos : migrador, normalmente é solitário e não permanece na mesma área por muito tempo. Pode nadar próximo à superfície, expondo a nadadeira dorsal e parte da caudal. é muito agressivo e ataca presas pequenas e grandes. é nadador veloz.
Alimentação : peixes de cardumes, crustáceos e lulas.
Ameaças : poluição. 



GAROUPA (Epinephelus marginatus)

garoupa
Características : peixe de escamas pequenas com corpo, cabeça e boca grandes. Pedúnculo da nadadeira caudal curto e grosso. A coloração varia em tons pardos, mais escuros no dorso, com manchas espalhadas pelo corpo em alguns indivíduos. O ventre é amarelado. As nadadeiras são arredondadas, escuras com a margem clara. Medem de 30 cm a 60 cm de comprimento, podendo atingir até um metro superando a marca de 60 Kg . Como a carne é de excelente qualidade, tem grande importância comercial principalmente no Sudeste do Brasil.
Habitat : espécie costeira de locais profundos, com fundos pedregosos e de corais abrigadas em tocas. Eventualmente pode ser encontrada em estuários.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : tem o hábito de se entocar. é bastante manso e curioso, permitindo até mesmo a aproximação de mergulhadores. Vivem solitárias ou em grupos de 2 ou 3 indivíduos. Peixes territoriais, defendem vigorosamente seu espaço da aproximação de outros peixes. Costumam sair da toca apenas para se alimentar ou afugentar um intruso, voltando rapidamente ao menor sinal de perigo.
Alimentação : peixes, lagostas, camarões, ouriços, moluscos e lulas. Extremamente vorazes, engolem suas as presas inteiras.
Ameaças : foi e é muito caçado, tendo desaparecido de muitos pontos do litoral brasileiro. Poluição e destruição do habitat também são grandes ameaças. 



GUAIVIRA (Oligoplites saurus)

guaivira
Características : também conhecida como salteira. C orpo alongado, estreito e comprido, espinhos anteriores curtos, maiores e mais evidentes nos jovens, maxilares grandes e estreitos com uma única série de dentes no superior e com o perfil do inferior muito convexo. Parte posterior da dorsal e anal formada por raios praticamente isolados, quase como pínulas. Escamas embebidas na pele, dando a esta uma aparência muito macia. P ossui bela coloração prateada, com alguns nuances em seu dorso que variam do azul ao verde.
Ventre e flancos frequentemente dourados. Sua cauda é bem amarela. Pode alcançar 60 cm de comprimento e peso em torno de 2 kg . Suportam muito bem grandes variações de salinidade e gostam de acompanhar as marés, que revolvem o fundo, buscando comida.
Habitat : peixe costeiro, frequenta mangues, estuários, canais, praias e regiões próximas de ilhas e pontas de pedras, da superfície ao fundo . Quando na superfície saltam fora da água, em perseguição a peixes menores. Os jovens são vistos flutuando na superfície, com a cabeça para baixo, lembrando folhas de mangue, em disfarce evidente, mesmo que não haja detritos na área.
Ocorrência : todo o litoral do Brasil.
Hábitos : forma grandes cardumes ou grupos moderados.
Alimentação : pequenos peixes, lulas e crustáceos. Há relatos de que os jovens desta e das demais espécies do gênero se alimentam de escamas de peixes maiores.
Reprodução : pela presença comum de jovens em águas estuarinas e canais de mangue admite-se que a sua reprodução ocorra em tais áreas e não em mar aberto.
Ameaças : poluição e destruição do habitat. 



LINGUADO (Paralichthys brasiliensis)

Características : têm uma anatomia muito curiosa. Com o passar de muitos anos, ao longo de seu processo evolutivo, um de seus olhos migrou para o outro lado do corpo. Possuem o corpo bastante achatado, elíptico, com raios centrais da caudal maiores . N adadeiras dorsal e anal longas, sendo a dorsal com início geralmente no alto da cabeça e ambas terminando muito próximas à caudal, quando não contínuas a esta. Perfil anterior da cabeça reto ou com ligeira concavidade, boca grande e oblíqua, com dentes, ultrapassa a margem posterior do olho inferior. Escamas ctenóides no lado oculado, ciclóides no cego. Linha
linguado
lateral com distinto arco acima da peitoral. Lado oculado marrom-escuro, com reflexos verdes. Manchas escuras pequenas são frequentes, bem como pontos e manchas brancas, mais comuns nos jovens. Atinge até 1 m de comprimento e 12 Kg de peso. Sua carne atinge altos preços no mercado, uma vez que é considerada uma das mais finas.
Habitat : peixes costeiros, frequentam as zonas de maré em profundidades de até 40 m , muito comuns em baías, praias e próximo a ilhas, sobre fundos de areia ou lodo.
Ocorrência : em todo o litoral do Brasil.
Hábitos : bênticos a apóiam-se totalmente sobre o lado sem olho. Vivem permanentemente deitados, semi-enterrados em fundos de areia e se valem de seu disfarce e esconderijo para capturar pequenos peixes e crustáceos. São capazes de alterar totalmente a sua coloração, confundindo-se com o substrato de maneira impressionante e rapidíssima. Movem-se ondulando o corpo, s vezes com grande velocidade, mas preferem confiar em seu mimetismo e são facílimos de serem alcançados pelo mergulhador e caçador submarino. Geralmente podem ser encontrados em pequenos grupos de 3 a 15 indivíduos. Os exemplares maiores são mais solitários.
Alimentação : carnívoros predadores, alimentando-se de crustáceos e moluscos.
Reprodução : a época da reprodução varia, os ovos são pelágicos e flutuantes e as larvas são como as dos outros peixes, isto é, com orientação vertical e um olho de cada lado da cabeça. Com o crescimento, o crânio entorta e um olho migra para perto do outro, ao mesmo tempo que o peixe vai abandonando o nado normal para passar a se orientar em termos horizontais e a viver em contato normal com o substrato. Aparentemente a reprodução ocorre no inverno.
Ameaças : poluição, pesca predatória e destruição do habitat.



MARLIM AZUL (Makaira nigricans)

Características : peixe de grande porte atinge 4,5 m de comprimento e quase uma tonelada, é o mais sonhado troféu da pesca oceânica. Focinho em forma de espada, corpo mais alto no início da nadadeira dorsal, afinando em direção à nadadeira caudal que é muito grande e furcada. As demais nadadeiras são pontudas. Coloração azul escura no dorso e prata no ventre, com uma faixa horizontal nos flancos. Possui cerca de 15 séries verticais de pintas saindo da região dorsal em direção ao ventre.
marlim azul
Habitat : em mar aberto nas correntes quentes de água azul. Alcança a costa brasileira no final da primavera e começo do verão (novembro a março), quando as águas limpas, azuis e quentes se aproximam da costa. Pode ser encontrada sobre as regiões do talude continental.
Ocorrência : está presente em toda a costa brasileira.
Hábitos : espéciepelágica, migradora, oceânica. Nada junto à superfície e tem hábitos solitários.
Alimentação : peixes como a cavala, bonito, dourado e gosta também de lulas.
Reprodução : na época reprodutiva, forma grupos pequenos.
Ameaças : poluição. 



MIRAGAIA (Pogonias cromis)

Características : peixe de escamas também conhecido como piraúna. Corpo alongado, um pouco achatado, com focinho obtuso e reto em sua parte anterior, boca inferior. Coloração do dorso varia de cinza a marrom escuro ou preto, o ventre é mais claro. Os jovens são mais claros e apresentam 4 a 5 faixas escuras verticais, que se confundem com a cor geral, cada vez mais escura à medida que crescem. Alcança 1,7 m de comprimento total e 50 kg de peso. Geralmente a carne é infestada de vermes, fazendo com que seja importante comercialmente apenas em algumas regiões.
Habitat : espécie costeira, vive sobre o fundo da areia, lodo ou cascalho, principalmente em áreas estuarinas próximas a rochas e em canais.
miragaia
Ocorrência : em todo o litoral brasileiro. Mais comum nas regiões Sudeste e Sul.
Hábitos : migra para águas mais quentes durante o inverno, época da reprodução, quando pode ser encontrada junto a costões rochosos.
Alimentação : moluscos, principalmente mariscos, crustáceos e peixes.
Ameaças : poluição e destruição do habitat.



OLHETE (Seriola fasciata)

olhete
Características : peixe de escamas com corpo alongado e um pouco comprimido. Olhos relativamente grandes. Apresenta quilha no pedúnculo caudal. Coloração prateada, sendo escura no dorso e clareando nos flancos e em direção ao ventre, prateado mais claro. Apresenta uma faixa escura que se estende do olho até a base da nadadeira dorsal. Os indivíduos jovens apresentam sete faixas verticais ao longo do corpo. Alcança 80 cm de comprimento total e 8 kg. Tem importância na pesca comercial.
Habitat : águas relativamente rasas e agitadas, nas proximidades dos costões rochosos e recifes.
Ocorrência : em todo o litoral brasileiro. Mais comum do Nordeste a Santa Catarina.
Hábitos : espécie pelágica, conhecida como peixe de passagem. Jovens formam pequenos cardumes, mas os maiores são solitários, vivendo sozinhos ou em pares.
Alimentação : lulas, crustáceos e pequenos peixes.
Ameaças : poluição e pesca predatória. 


OLHO DE BOI (Seriola dumerili)

Características : peixe de escamas com corpo alongado, robusto e um pouco comprimido. Pedúnculo caudal com quilha dérmica. Coloração prateada, azul esverdeado escuro, clareando nos flancos e no ventre. A principal característica é uma faixa escura que se estende da maxila superior, passando pelo olho e alcançando a base da nadadeira dorsal. Atinge tamanhos superiores a 1,5 m e mais de 80 kg. Tem grande valor comercial.
Habitat : frequentador de águas agitadas dos costões rochosos e recifes, ilhas oceânicas, regiões pedregosas, um pouco afastadas da costa.
olho de boi
Ocorrência : do Amapá a Santa Catarina com maior incidência no Nordeste.
Hábitos : peixe pelágico nadador de correntes marítimas. Formam cardumes de exemplares de mesmo porte.
Alimentação : pequenos peixes, lulas e crustáceos.
Ameaças : poluição e pesca predatória. 



PAMPO (Trachinotus carolinus)

pampo
Características : peixe de escamas com corpo alto, arredondado e comprimido. Os primeiros raios das nadadeiras dorsal e anal são alongados atingindo ou ultrapassando o pedúnculo caudal, dependendo da espécie. Coloração do dorso é azulada ou esverdeada e a do ventre prateada. Alcança 50 cm de comprimento e até 5 Kg de peso.
Habitat : locais próximos à formações rochosas e praias na região em que as ondas estouram, em águas rasas ou profundas, também dentro de largas tocas.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : jovens costumam formar cardumes, já os adultos são solitários.
Alimentação : crustáceos, moluscos e pequenos peixes.
Ameaças : poluição, destruição do habitat e pesca predatória. 



PARGO (Pagrus pagrus)

Características : é uma das espécies de maior interesse comercial, devido à qualidade de sua carne. Corpo ovalado, olhos grandes, boca pequena provida de séries de dentes, com pontas arredondadas. Coloração rósea. Embora atinjam 80 cm de comprimento e 8 Kg , os pargos mais comuns têm menos de 55 cm e 2 Kg.
Habitat : fundos de rochas, de corais ou de areia da costa até próximo da borda da plataforma continental, em profundidades que variam de 10 a até 200 m.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : nadam em grandes cardumes
Alimentação : fauna bentônica, pequenos peixes, moluscos e crustáceos.
Ameaças : poluição, pesca predatória e destruição do habitat. 
pargo



PEIXE GALO (Selene vomer)

peixe galo
Características : peixe de escamas que chama bastante atenção pelo formato único de seu corpo, extremamente achatado, lembrando uma folha de papel. Corpo muito alto e muito comprimido com nadadeiras pélvicas muito pequenas. Linha lateral com uma série de espinhos na porção posterior, antes do pedúnculo caudal. Coloração prateada, sendo o dorso verde azulado, os flancos são mais claros e o ventre esbranquiçado. Apresenta uma pequena mancha ovalada preta na margem superior do opérculo e outra do mesmo tamanho na parte superior do pedúnculo caudal. Alcança 40 cm de comprimento total e cerca de 1 Kg. A carne é de boa qualidade, mas não é comum nos mercados.
Habitat : espécie de superfície que frequenta estuários. Pode ser encontrado de passagem, em costões e próximo a piers e a outras estruturas.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : forma grandes cardumes.
Alimentação : carnívoro predador e se alimenta de pequenos peixes, crustáceos e moluscos.
Ameaças : pesca predatória, destruição do habitat e poluição. 



PESCADA BRANCA (Cynoscion leiarchus)

Características : peixe de escamas com coloração prateada e olhos grandes, que alcança no máximo 50 cm de comprimento. é importante comercialmente devido ao sabor de sua carne.
Habitat : demersais e pelágicos frequentam as águas rasas próximas às costas, baías e enseadas e locais pedregosos com corais.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : tem a capacidade de produzir sons por músculos associados à bexiga natatória. Formam cardumes.
pescada
Alimentação : pequenos crustáceos e pequenos peixes.
Ameaças : pesca predatória, destruição do habitat e poluição. 



PESCADA AMARELA (Cynoscion acoupa)

pescada amarela
Características : peixe de escamas com corpo alongado, subcilíndrico pouco comprimido, cabeça moderada, sem barbilhão no queixo. Boca inclinada, o maxilar inferior projetando-se um pouco à frente do superior. Dentes caninos com um par anterior no maxilar superior maior que os demais. Dorsal espinhosa e mole com profundo entalhe entre elas, mas unidas na base, bastante próximas. Escamas ctenóides, rastros longos.
Caudal romboidal em adultos. Linha lateral prosseguindo pelos raios centrais da caudal, como toda a família. Segundo espinho da dorsal maior que os demais, característica da espécie.C oloração amarela .Pode alcançar 1 m de comprimento e 30 Kg de peso. é muito apreciada como alimento, sendo importante na pesca comercial.
Habitat : hábitos costeiros que frequenta desde lagoas salobras até grandes baías abertas, sendo muito comum em canais, estuários e mangues. Normalmente, é encontrada nos fundos de lodo, areia e cascalho, em profundidades que variam de 1 a 35 m.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : costuma entrar nos manguezais a procura de alimentos. Durante o dia são pouco ativas.
Alimentação : crustáceos e pequenos peixes.
Reprodução : reproduzem-se na primavera everão, as larvas se desenvolvem em águas rasas e de baixa salinidade.
Ameaças : pesca predatória, destruição do habitat e poluição. 



PREJEREBA (Lobotes surinamensis)

prejereba
Características : peixe de escamas com corpo alto e comprimido, cabeça pequena e nadadeiras dorsal e anal alongadas e arredondadas, quase atingindo o final da nadadeira caudal, o que dá a impressão de serem compostas por três partes. O lhos pequeninos, boca moderada. O opérculo tem dois espinhos afiados. Alcança cerca de 80 cm de comprimento total e 15 Kg . Coloração marrom, com alguns nuances de cinza ou verde, geralmente no dorso. A carne é saborosa, mas raramente é encontrado nos mercados.
Habitat : pedreiras em mar aberto com fundo rochoso, sendo que também costumam acompanhar grandes objetos flutuantes. Os exemplares mais jovens podem ser encontrados próximo à bocas de rios e manguezais.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : peixe de superfície encontrado com mais facilidade, nadando próximas a detritos, especialmente daqueles que flutuam na superfície do mar, como grandes tábuas e restos de caixas. Vive sozinho ou aos pares. Tem o costume de boiar na superfície.
Alimentação : carnívoras, alimentando-se de pequenos peixes e crustáceos.
Ameaças : poluição e destruição do habitat. 



RÊMORA (Remora remora)

Características : corpo alongado, cabeça longa, de coloração cinzenta acastanhada escura. Nadadeiras anal e dorsais idênticas com bases longas e opostas. A caudal é reta, as nadadeiras peitorais são sem corte, e as pélvicas são manchadas. Ao se desenvolver a primeira barbatana dorsal se transforma em um disco de sucção. Este disco é usado para se fixar a outros peixes de grandes dimensões, tartarugas ou mesmo a navios. Isto permite-lhe viajar grandes distâncias poupando energia. Ao mesmo tempo alimenta-se de copépodes parasitas que infestam o seu hospedeiro. Alcança 90 cm de comprimento e 1 Kg de peso.
Habitat : áreas de recifes, em profundidade de até 100 m
Ocorrência : todo litoral brasileiro
Hábitos : associa-se normalmente a tubarões, grandes peixes, tartarugas marinha e até mesmo a navios. Frequentemente fixam-se a seus anfitriões perto da área da boca, podendo também ser observadas dentro
das maxilas ou dentro das câmaras da brânquia dos anfitriões. às vezes nadam livremente. Os mais jovens são mais ativos
Alimentação : são comensais, alimentando-se de copépodes parasíticos e restos de comida do anfitrião.
Ameaças : poluição. 



ROBALO (Centropomus undecimalis)

Características : peixe de escamas também conhecido como camurim ou robalo flecha. Corpo com formato alongado, comprimido, boca ampla com mandíbula inferior saliente. Coloração do dorso acinzentada com reflexos esverdeados e o ventre esbranquiçado. Nadadeiras amareladas. A linha lateral é uma listra longitudinal negra que se estende ao longo do corpo até o final da nadadeira caudal. Carne é considerada de primeira com grande valor comercial. Alcança 1,2 m de comprimento total e 25 kg.
robalo
Habitat : regiões costeiras e estuarianas, águas salgadas e salobras, ilhas, rios, canais, manguezais e baías.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : sobe os rios para desovar. Gostam de águas calmas, barrentas e sombreadas, e ficam próximos ao fundo. Sua tolerância a alteração da salinidade está relacionada com o seu processo reprodutivo, uma vez que o Robalo procura o deságue de rios no mar para concluir o seu ciclo reprodutivo. Não gostam de água fria, e aproveitam o movimento das marés e correntes para atacar as suas presas, principalmente na vazante.
Alimentação : carnívoro voraz, alimentando-se de pequenos peixes e crustáceos, especialmente camarões e caranguejos.
Reprodução : reproduzem-se do meio do verão ao final do outono, que é o período de sua maior incidência nos canais. Os alevinos chegam ao tamanho de 5 cm aos 45 dias de idade.
Ameaças : pesca predatória, poluição e destruição do habitat.



ROBALO PEVA (Centropomus paralellus)

Características : peixe de escamas também conhecido como camurim-corcunda, com corpo esguio relativamente comprimido, mais alto que o do robalo-flecha, marcado por uma longa linha lateral negra, muito bem definida, e suas nadadeiras são amareladas. Apresenta o dorso cinza esverdeado e os flancos prateados. é menor que o robalo-flecha, alcançando 50 cm de comprimento e 5 kg. Tem ótima carne e é muito apreciado.
Habitat : regiões costeiras de águas rasas, salgadas e salobras, águas de mangue, ilhas, rios costeiros, canais, baías, estuários e lagoas. Pode ser encontrado vários quilômetros acima da foz de rios.
Ocorrência : toda a costa brasileira.
Hábitos : não gostam de águas frias, com menos de 16° C. Aproveitam movimentos de marés e correntes para atacar pequenos peixes, que são arrastados das raízes do mangue para locais um pouco mais fundo, na vazante.
Alimentação : carnívoro voraz, alimenta-se de peixes e crustáceos.
Reprodução : reproduzem-se do meio do verão até final do outono.
Ameaças : pesca predatória, destruição do habitat e poluição. Voltar Indíce



SARGO (Anisotremus surinamensis)

sargo
Características : peixe de escamas com corpo oblongo, alto e comprimido, com lábios grossos e muito evidentes. Coloração cinza-prateada, mas graças ao centro escuro de cada escama, muito mais escuro na região anterior. Região anal brancacenta, lábios pálidos, nadadeiras escuras. Jovens branco-amarelados, com duas faixas escuras logitudinais, uma no dorso e outra no flanco. Mancha redonda, negra, na base caudal. Atinge até 80 cm de comprimento e 10 Kg de peso. Carne bastante apreciada.
Habitat : regiões costeiras em profundidades de 1 a 30 m, sobre fundos de pedras ou corais, em costões, ilhas e parcéis.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : passam a maior parte do dia em frestas, tocas e sob lajes. à noite são muito ativos, quando saem para se alimentar. Formam pequenos grupos, raramente cardumes, os grandes exemplares são mais solitários.
Alimentação : ouriços, mexilhões, gastrópodes, peixes e crustáceos. Os jovens comem invertebrados e zooplâncton.
Reprodução : reprodução ocorre nos meses mais quentes. Ovos pelágicos e flutuantes, eclodindo entre 22 e 72 horas.
Ameaças : poluição, pesca predatória e destruição do habitat. Voltar Indíce



SARGO DE DENTES (Archosargus probatocephalus)

Características : peixe de escamas cuja característica marcante é o elevado numero de dentes, os quais são grandes, salientes e arredondados, se apresentando em fileiras na sua boca, conferindo-lhe um aspecto, até mesmo, engraçado. Corpo ovalado e um pouco comprimido. Coloração cinza esverdeada com 6 a 7 faixas verticais ao longo do corpo, começando na cabeça e terminando no pedúnculo caudal. As nadadeiras caudal e peitorais são amareladas. Alcança 75 cm de comprimento total e 10 kg de peso. Sua carne é de excelente qualidade.
Habitat : regiões costeiras de águas rasas com fundos rochosos ou corais. Raro em águas muito profundas ou distantes do litoral. Frequenta as águas salobras dos estuários.

Ocorrência : regiões Norte, Nordeste e Sudeste do litoral brasileiro.
Hábitos : nada em pequenos cardumes.
Alimentação : peixes, crustáceos e moluscos.
Ameaças : poluição, destruição do habitat e pesca predatória. 



SOROROCA (Scomberomorus brasiliensis)

sororoca
Características : apresenta linha lateral em declive lateral. Coloração do dorso de um azul-esverdeado a um cinza-escuro, sendo a sua metade inferior branco-prateada. Nos flancos tem uma série de manchas arredondadas, de cor amarela, dourada ou marrom claro. Atinge aproximadamente 80 cm de comprimento e 3 Kg de peso.
Habitat : regiões costeiras, junto a ilhas, praias abertas e costões.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : anda em cardumes. Ativo e voraz.
Alimentação : sardinhas, peixes agulha, manjubas, lulas, crustáceos, etc.
Ameaças : pesca predatória, destruição do habitat e poluição. 



TAINHA (Mugil cephalus)

Características : peixe de escamas com corpo alongado e cilíndrico . Cabeça um pouco deprimida e boca pequena. Olhos parcialmente cobertos por tecido adiposo. As escamas são grandes, do tipo ciclóide, e apresentam pequenas máculas escuras que formam listas longitudinais ao longo do corpo. Não possui linha lateral. Nadadeira caudal furcada (em forma de forquilha). A coloração é prata azulada nos flancos, sendo o dorso mais escuro. Chega as 10 kg de peso e 1 m de comprimento. é peixe de grande importância econômica.
tainha
Habitat : águas calmas e quentes de regiões costeiras próximas a costões rochosos, ao longo de praias de areia, manguezais e canais.
Ocorrência : toda a região litorânea do Brasil.
Hábitos : forma grandes cardumes. E spécie pelágica. Realiza migração reprodutiva, quando entra nos estuários.
Alimentação : plâncton, pequenos organismos, plantas flutuantes e algas que raspa das pedras do fundo.
Reprodução : reproduz-se no inverno, desovando na água doce. Ovíparo com fecundação externa.
Ameaças : apesar de reproduzir-se bastante, sua população é prejudicad pela poluição e destruição do habitat. 



TARPON (Megalops atlanticus)

tarpon
Características : peixe de escamas grandes com corpo alongado e comprimido. Boca grande e um pouco inclinada. A mandíbula inferior sobressai para fora e para cima, os dentes são pequenos e finos e a borda do opérculo é uma placa óssea. Coloração prateada, sendo o dorso cinza azulado, variando de claro a quase preto. Os flancos e o ventre são claros. Nas águas escuras, pode ficar dourado ou marrom. Possui respiração aérea. A bexiga natatória auxilia na respiração, permitindo que suporte água salobra e doce estagnada e sem oxigênio.
Tais águas estão livres de predadores e oferecem refúgio para os jovens. Alcança mais de 2 m de comprimento total e 150 Kg.
Habitat : regiões costeiras e estuarinas de águas quentes, rasas e calmas, manguezais e baías. Também pode ser encontrada em alto mar, principalmente nos períodos de reprodução, quando migra em grandes cardumes.
Ocorrência : regiões Norte e Nordeste, onde são mais abundantes. Também encontrado no Sudeste do Brasil.
Hábitos : peixe pelágico. Realiza migrações na época de reprodução.
Alimentação : sardinhas, anchovas, tainhas, entre outros.
Ameaças : poluição e destruição do habitat.



VERMELHO CIOBA (Lutjanus analis)

vermelho cioba
Características : peixe de escamas com corpo largo, cauda lunada. Nadadeira dorsal moderada bilobada e nadadeira anal agudamente apontada. Nadadeira peitoral longa. Dentes relativamente pequenos similares em ambas maxilas. Podem atingir quase 1 m de comprimento e ultrapassar a marca de 10 Kg. Coloração Oliváceo no dorso, avermelhado nos flancos, mais pálido no ventre, com muitas áreas avermelhadas ou rosadas, por vezes em quase todo o corpo. Há fase em que ocorrem barras pálidas sobre o fundo mais escuro do dorso e o ventre é amarelo-alaranjado. A pélvica, a anal e a peitoral são de um vermelho-tijolo. Uma linha azul
brilhante sob o olho, muito evidente, mais larga na parte superior. Outras manchas e linhas azuis atrás e em volta do olho. A íris é de bronze a vermelha. Uma mancha escura, do tamanho do olho, encontra-se sob a origem da parte mole da dorsal, justaposta à linha lateral e de contorno bem definido. Os exemplares de águas mais fundas tem a cor vermelha mais intensa. Bastante apreciado pela qualidade de sua carne que, além de firme e branca, apresenta sabor suave e agradável.
Habitat : estuários, costões, parcéis, recifes e ilhas oceânicas, em profundidades de 2 a 50 m. Normalmente, os exemplares menores são encontrados em regiões de canais e estuários, enquanto os maiores costumam ficar em regiões mais distantes e fundas da costa.
Ocorrência : quase todo o litoral brasileiro do norte até Santa Catarina.
Hábitos : forma grandes cardumes, principalmente de peixes jovens. Os adultos vivem sozinhos ou em pequenos grupos.
Alimentação : peixes, moluscos e crustáceos.
Reprodução : ovíparos. Liberam os ovos pelagicos que se movem livremente com as correntes marinhas. O número dos ovos depende do tamanho da fêmea.
Predadores naturais : peixes carnívoros grandes, principalmente tubarões.
Ameaças : está ameaçado de extinção. 



WAHOO (Acanthocybium solandri)

Características : peixe de escamas de corpo delgado. Maxilas alongadas, dando forma bicuda ao focinho. Dentes triangulares e serrilhados finamente. A linha lateral aparece por todo o comprimento do corpo, curvando-se abruptamente sob a primeira nadadeira dorsal. Parte superior com coloração azul ou verde escuro, com as barras verticais azuis-cobalto ou longo de toda a lateral do corpo. Ventre e as partes mais
wahoo
inferiores são prateados. é conhecido como um dos peixes mais rápidos do mar, atingindo velocidades acima de 80 Km/h. A carne é excelente, mas não tem valor comercial, sendo raramente encontrada em mercados. é importante para a pesca esportiva oceânica. Podem atingir 2,5 m e pesar até 80 Kg.
Habitat : pelágico, vive ao redor de naufrágios e recifes, onde pequenos peixes podem ser encontrados, e também em alto-mar.
Ocorrência : no Brasil, do Amapá a Santa Catarina.
Hábitos : realiza migrações sazonais, sozinha ou em pequenos grupos de dois a seis indivíduos.
Alimentação : lulas e peixes pelágicos, incluindo atuns, peixes-voadores, baiacus, etc., já que poucos conseguem escapar. Alimenta-se também de resíduos orgânicos flutuantes.
Reprodução : atinge a maturidade sexual entre 1 e 2 anos de idade. Uma fêmea média pode produzir 60 milhões de ovos flutuantes por desova. As larvas são pelágicas e preferem a água rasa, mais ou menos a 100 m de profundidade.
Predadores naturais : tubarões e outros peixes carnívoros.
Ameaças : pesca predatória e poluição. 



XARÉU (Caranx hippos)

xareu
Características : peixe de escamas com corpo ovalado e comprimido, cabeça volumosa e alta. Focinho arredondado, olhos relativamente grandes. Nadadeira peitoral longa, ultrapassando a origem da nadadeira anal. A linha lateral é muito curvada apresentando carenas no final (as escamas da linha lateral são modificadas em escudos). O pedúnculo caudal é muito fino com duas quilhas. Coloração é verde-azulada no dorso, os flancos são prateados com nuances douradas e o ventre amarelado. Possui uma mancha preta na nadadeira peitoral e outra no opérculo. Os indivíduos jovens possuem cinco faixas verticais escuras no corpo e uma na cabeça. Alcança mais de 1 m de comprimento total e cerca de 25 Kg . Importante na pesca esportiva e comercial.
Habitat : oceânico, ilhas costeiras e parcéis, porém também podem ser encontrados em regiões de estuário, canais, bocas de barras, costeiras e regiões de mangue, tanto na superfície como no fundo. Grandes exemplares são encontrados em mar aberto.
Ocorrência : comuns em toda a costa brasileira.
Hábitos : predador diurnal. Nadam em cardumes. Pode tolerar uma ampla variação de salinidade. Migrador e um predador voraz. Os grandes adultos são solitários. Ao serem retirados da água, emitem roncos atritando os ossos da faringe. Confiantes, aproximam-se do mergulhador com facilidade.
Alimentação : pequenos peixes, como paratis e tainha, assim como camarões e outros invertebrados. Os jovens se alimentam de zooplâncton e crustáceos bênticos.
Reprodução : época reprodutiva de março a setembro.
Predadores naturais : peixes carnívoros e aves marinhas.
Ameaças : poluição, destruição do habitat e pesca predatória. 



XERELETE (Caranx crysos)

Características : também conhecido como carapau, peixe de escamas com corpo alongado, relativamente alto e comprimido lateralmente e focinho levemente arredondado, com perfil superior da cabeça em elevação suave e arredondada, similar ao perfil inferior. O seu maxilar alcança o centro do olho . Dorsp com coloração azul-esverdeado a cinza, com os flancos e ventre prateados ou dourados (amarelados). As suas nadadeiras são pálidas com as pontas escuras. Alcançam até 80 cm de comprimento e 8 Kg de peso. Carne muito apreciada.
xerelete
Habitat : áreas costeiras, ilhas, ao longo das praias e em mar aberto tanto na superfície ou no fundo entre 3 e 35 metros de profundidade. Podem frequentar ambientes salobros e, eventualmente, penetrar em água doce.
Ocorrência : todo o litoral brasileiro.
Hábitos : nadam em abundantes cardumes.
Alimentação : pequenos peixes, crustáceos e outros invertebrados, inclusive bentônicos.
Predadores naturais : peixes carnívoros e aves marinhas.
Ameaças : destruição do habtat, poluição e pesca predatória.