segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ideli prevê recursos curtos e propõe 'multiplicação dos peixes'



A nova ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti (PT), assumiu a pasta com a missão de aumentar a produção, a industrialização, o consumo e a exportação do pescado no Brasil. Porém, ao prever corte de recursos do Orçamento, em ano de ajuste fiscal, ela disse que o seu ministério é "meio bíblico". "Tem de multiplicar os peixes. Então nós vamos ter de fazer os milagres de fazer mais com menos", afirmou. Nos últimos dados disponíveis, de 2009, o Brasil produziu cerca de 1,2 bilhão de toneladas do produto, com o consumo médio de 9 kg por habitante ao ano.
Segundo Salvatti, como as políticas já estão em andamento - principalmente no que diz respeito às parcerias com os governadores dos Estados brasileiros - os resultados neste ano devem ser significativos. "O ex-ministro Altemir Gregolin colocou de forma muito clara que o crescimento da aquicultura foi de 43% neste ano. Cresceu quase três vezes mais do que o setor de carne bovina, do que aves e suínos. Temos tudo para dar certo", afirmou.
Programas estruturantes da cadeia produtiva, inclusão social e gestão compartilhada dos recursos pesqueiros, todos previstos pelo Plano Mais Pesca e Aquicultura, em vigor desde 2008, também serão desafios a serem consolidados pela nova ministra.
Biografia
Primeira mulher eleita ao Senado pelo Estado de Santa Catarina, Ideli Salvatti tem 58 anos e disputou o governo local nas eleições deste ano, alcançando o terceiro lugar.
Nascida em São Paulo, tem dois filhos e é formada em física pela Universidade Federal do Paraná. Na capital paranaense, atuou nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) de 1973 a 1976. Ideli consolidou sua trajetória política em Joinville, no interior de Santa Catarina, onde foi morar na década de 70. Uma das fundadoras do PT catarinense, foi professora da rede pública de ensino do estado entre 1983 e 1994, período em que militou no movimento sindical da categoria. Participou da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Santa Catarina.
Em 1994, foi eleita pela deputada estadual e reeleita em 1998. Em 2002, concorreu ao Senado e foi eleita a primeira senadora do estado. Defensora das ações do governo Lula, chegou à liderança do PT no Senado, em 2006, e líder do governo no Congresso, em 2009.
por VAGNER MAGALHÃES : <noticias.terra.com.br>

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